João de Deus
De autoria desconhecida
João de Deus" que um dia usou do seu livre arbítrio, tomou a decisão de se tornar um trabalhador a serviço da luz divina para auxiliar a milhares de enfermos através das preces e canalizações de entidades. (...)
Mas João Teixeira de Faria se esqueceu que o universo não é compensatório. Fazer o bem a um milhão de pessoas não dá permissão para fazer o mal a um ser vivo qualquer. (...)
João Teixeira de Faria errou como homem e deve ser punido como homem na lei dos homens. Mas aquele que se intitulava "João de Deus" vai ter uma conta maior pra acertar com os engenheiros siderais que regem o carma reencarnatório, pois usou a autoridade e reputação de um trabalhador da luz para se aproveitar de pessoas em estado de vulnerabilidade. Ameaçou, feriu, agrediu, machucou, violentou e causou mal a outros seres "em nome de Deus".(...)
A única coisa que consigo desejar neste exato momento de catarse, revelações e decepções é paz para as pessoas que tiveram a vida marcada e prejudicada por essa violência atroz cometida por um ser humano doente, serenidade para aqueles que estão com o coração machucado e se sentindo traídos, sabedoria para aqueles que estão tirando as conclusões de toda essa situação, perseverança para aqueles que depositavam na figura do médium as suas tentativas de resolução e clareza para aqueles que precisam enxergar que a fé e a cura habita o coração de todos nós e se conecta por uma força divina invisível. (...)
Todos, da criança que sopra o primeiro respiro ao velho que solta o último suspiro, ateu, agnóstico, padre, profeta ou médium - somos todos luz e sombra aprendendo a viver em harmonia e conectados à centelha divina que existe em todos. Não precisamos do Zé, João ou Enzo de Deus quando entendemos que todos somos "De Deus".
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