Quando vejo uma nova lei sendo criada eu me pergunto até que ponto ela surtirá efeito em nosso país capitalista visto que a imparcialidade de julgamento das pessoas é sempre afetada pelo poder econômico e social dos envolvidos.
Quem será preso ou indiciado numa cidade como Caeté por dirigir embriagado, perturbar o sossego alheio, fumar em local proibido, praticar o carteado, etc. e tal?
A resposta martelando em minha cabeça é clara e evidente... a classe média-baixa.
Alguns grandes empresários, políticos e pessoas influentes cometem crimes que sequer são alvo de investigação, como por exemplo :
- a utilização de policiais militares para cobrança de dívidas aproveitando a reduzida remuneração dos agentes da lei e permitindo uma renda extra aos mesmos,
- abuso de poder por parte de políticos que se utilizam de seus cargos públicos para promover o auto-favorecimento e a vingança pessoal contra seus desafetos e tornam-se verdadeiros coronéis em pleno século 21,
- o carteado,
- o uso de drogas.
Assim como o motorista de um fusca é parado e submetido ao bafômetro na saída de um forró gostaria de ver o mesmo acontecer na saída de uma dessas festas da alta sociedade caeteense ou na porta de um dos tradicionais restaurantes da cidade, de onde saem empresários, políticos e autoridades após uma noite regada a “refrigerantes e sucos” vendidos por dose.
A nova lei da poluição sonora tem muitas chances de vir a seguir o mesmo caminho, punindo o coitado do trabalhador com seu Chevette 78 e um som desses que custam não muito além de R$ 150, mas certamente não punirá aqueles que realmente são os grandes vilões dessa história.
Cabe á sociedade continuar batendo na mesma tecla assim como vem sendo feito pelo MACACA, entidade com a qual já tive históricos embates por divergência de idéias, mas que claramente tem como objetivo o bem da comunidade caeteense.
Desde já sinto as vibrações negativas da reação daqueles poderosos social e economicamente que se sentirão atingidos, mas fazer o quê???
Se eu tiver um convite para um clube, traje social, caviar, champagne, valsa e um outro convite para a laje, camiseta e bermudão, churrasquinho, guarapan, sertanejo... não penso duas vezes... tô na laje... pois lá tem dois ingredientes a mais: AMIZADE E HONESTIDADE.
E que me atirem as pepitas de ouro, pois ricos e prepotentes não pegam em pedras, nem mesmo para atirar no povo.
Vascão do pastel
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