quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pacato cidadão não use cueca não ...



Preso em flagrante na noite de Sexta feira por porte ilegal de arma , que pelo tamanho e calibre não era para matar passarinhos, um individuo foi conduzido juntamente com as testemunhas para a vizinha cidade de Sabará onde seria registrada a ocorrência. Após permanecerem por lá até aproximadamente 3 horas da madrugada retornaram a Caeté sem que fosse registrada a ocorrência, pois segundo informação recebida o computador havia apresentado um defeito.
No início da manhã de sábado, aproximadamente 08 horas, os policiais militares retornaram a Sabará, levando novamente as testemunhas.
Permanecemos por lá até aproximadamente meio dia, aguardando a escrivã que tinha a chave da sala onde existia um computador que funcionava. Cansado de nos ver ali, aguardando sem previsão e talvez já sabendo que não haveria solução, o detetive nos informa que o carro que traria a escrivã tinha apresentado um defeito e o mecânico não sabia quando poderia libera-lo. Nos aconselhava retornar a Caeté e que o individuo seria liberado pois não poderia permanecer preso sem o flagrante. E foi o que aconteceu.
No momento em que tentamos diminuir a violência em nossa cidade e para tal faltam viaturas e policiais suficientes, é vergonhoso que uma viatura e dois policiais sejam obrigados a perder tempo e combustível cada vez que é necessário registrar uma ocorrência.
Restou do ocorrido a imagem clara e péssima de que algo está errado.
Restou a dois profissionais com mais de dez anos de policia militar a sensação de desgosto com a profissão que escolheram e gostam pois voltam para casa ao final de cada turno com a sensação de impotência diante da situação.
Para o público em geral fica a imagem de que a policia militar prende e logo depois solta o que realmente não é verdade.
Qual o motivo de cidades como Caeté não terem plantão nos horários noturnos e finais de semana ??
Acho que chegou a hora de se questionar e reformular muita coisa.
Reforma tributária, partidária, do legislativo, do executivo, das leis.
Ou começamos uma reforma ampla e objetiva ou vamos continuar fazendo campanhas pelo desarmamento e consultas populares sobre venda ou não de armas.
Quem sabe algum parlamentar possa agora lançar a campanha “Pacato cidadão não usa cueca não” Criando uma lei para proibir a venda e uso de cuecas tão em moda para o transporte de produtos e mercadorias ilegais, dólares, drogas e recentemente diamantes retirados de uma reserva indígena.
Vamos parar de brincar de ser parlamentar e legislar conscientemente.
Vamos parar de ser pacato cidadão e participar.

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